Alimentos naturais e alimentos industrializados, você com certeza já ouviu essas palavras e deve saber o que significam.
Alimentos naturais não são submetidos a nenhum tipo de processo industrial, o máximo que ocorre é limpeza e empacotamento, preservando assim todos os nutrientes. Os alimentos industrializados se dividem em processados e ultraprocessados.
Os alimentos processados passam por algum tipo de processo dentro da indústria, mas tentam ao máximo manter as características naturais preservando assim os nutrientes. Já os alimentos ultraprocessados passaram por um forte processo e mudam muito a sua característica, perdendo quase todos ou todos os nutrientes.
O milho é um ótimo exemplo dos alimentos naturais e industrializados. Ele é disponível tanto na forma natural, processado e ultraprocessado. O milho natural ou in natura é o grão fresco, encontrado nos mercados descascado e embalado ou ainda com a casca nas feiras. O milho em conserva ou enlatado é um alimento processado, pois adiciona-se sal no processo e ele é cozinhado. O salgadinho de milho é uma alimento ultraprocessado, pois ali não se encontra quase nada do milho e são acrescentados muitos outros ingredientes para dar sabor e conservar.
Não muito tempo atrás, a disponibilidade de produtos para a alimentação era bem escassa. A maioria dos alimentos eram in natura como frutas, legumes, hortaliças e cereais, ou seja, plantava-se para consumir ou para fazer permuta por outro tipo de alimento ou algum outro produto. Para fazer um bolo, por exemplo, era necessário plantar, colher e processar a mandioca ou macaxeira para extrair o polvilho. Não existia o perigo de consumir muitos alimentos processados, pois eles quase não existiam.
O acesso a produtos industrializados como o trigo, bolachas, bolos prontos e embutidos era difícil e muito inviável financeiramente para muitas pessoas. Havia o consumo, mas por uma parcela muito pequena e seleta da população, portanto as indústrias não investiam no desenvolvimento de muitas opções de alimentos processados e ultraprocessados. Com poucas ofertas e opções o preço era alto, pois ficava caro para produzir.
Atualmente existe uma vasta opção de produtos industrializados disponíveis para comprar em centros de comercio além das hortaliças, cereais, frutas e verduras, sem a necessidade de plantar. A melhora no rendimento da população possibilitou um maior acesso a todos esses produtos bem como o processo do êxodo rural. A indústria também acompanhou esse processo aumentado a oferta de produtos e com preços cada vez mais acessíveis.
Hoje em dia a população precisa comprar quase tudo, pois acontece o inverso da situação de antigamente, tornando-se inviável produzir. Primeiro devido à falta de espaço físico e segundo porque grandes empresas agrícolas tomaram conta dos pequenos produtores.
A indústria de alimentos desenvolveu diversas técnicas para assegurar a qualidade, sabor e durabilidades dos alimentos processados e ultraprocessados. Usam-se muitos aditivos para realçar o sabor como o glutamato monossódico, para conservar como o benzoato de sódio, os antioxidantes como o BHT, para dar cor como os corantes e para ajudar no processo de produção dando consistência como o difosfato de sódio. Usa-se também adição de gorduras hidrogenadas e açúcares para a preparação de diversos produtos como os sorvetes por exemplo.
Os alimentos por si só não oferecem perigos na forma industrializada, o problema são os aditivos adicionados que se ingeridos em excesso podem fazer mal. Por curiosidade: na natureza, excluindo o leite, você não vai encontrar um alimento que contém em sua composição carboidrato e gordura juntos. Existe a combinação natural de carboidrato e proteína, gordura e proteína. Somente o leite contém a combinação desses três elementos, pois ele é o único alimento usado para alimentar bebês de até dois anos ou animais novos como o bezerro.
Hoje muitos produtos contém a mistura de carboidratos e gorduras, pois esses dois itens conferem muito sabor e faz aumentar a vontade de comer sempre mais. O que a natureza não faz a indústria fez.
Basta uma rápida ida ao mercado e perceber que existe muitos produtos que contém adição de gorduras e carboidratos, tornando-os assim alimentos industrializados. Para preparar um sorvete de morango, por exemplo, usa-se muito pouco da fruta ou ela é substituída totalmente por um aromatizante e flavorizante artificial idêntico ao morango e adiciona-se muita gordura hidrogenada para dar consistência e muito açúcar, elevando muito o valor calórico. Adicionam-se também estabilizantes e conservantes para que ele tenha uma durabilidade maior.
O açúcar é o carboidrato na sua forma mais pura. Além das calorias que podem fazer engordar existe também a preocupação com o aumento do colesterol, glicemia e gordura corporal se consumidos em excesso.
Ou seja, o sorvete de morango contém muitos ingredientes, mas pode não conter justamente o morango. Porém essa falta do morango não deixa o sorvete ruim, podendo até mesmo induzir que se utilizou o morango na preparação.
Temos de concordar que na correria para não chegar atrasado, da praticidade encontrada ou até mesmo do apelo visual e de paladar fica difícil resistir a uma lasanha ou pizza congelada, por exemplo, pois é só comprar, usar um microondas e pronto, terá um alimento saboroso à sua frente.
Vamos fazer uma análise dessa lasanha e pizza. Elas contém proteínas, carboidratos e gorduras, ingredientes necessários para uma dieta saudável desde que ingeridos na proporção correta. Mas nelas também adicionam-se muitos aditivos para conservar, elevando o teor de sódio e com isso aumenta o risco de hipertensão ou de doenças cardiovasculares. Adiciona-se também gordura , o que pode elevar os níveis do colesterol ruim no sangue.
É importante dizer que comer uma lasanha ou pizza dessas não faz mal, mas se o consumo é diário aí sim pode dar problemas. O correto é saber o que você come diariamente, e dependendo da sua qualidade de alimentação essa lasanha ou pizza não pode entrar na sua dieta.
Inclui-se na lista de alimentos como a lasanha, pizza congelada, sanduíche congelado, macarrão instantâneo, bebidas achocolatadas, alguns iogurtes, molhos prontos, conservas, cereais, bolachas, salgadinhos industrializados.
Se você consome muito alimentos industrializados, tenha em mente: o ideal é você ter equilíbrio entre os alimentos naturais e alimentos industrializados.
Atualmente é possível encontrar muitas ofertas de produtos industrializados que mantém suas características o mais natural possível ou minimamente processados. É mais fácil, por exemplo, encontrar sorvetes com alta concentração de frutas em sua composição, sem adição de açúcar, gordura e outros aditivos, consistindo basicamente na polpa da fruta e algum outro ingrediente natural.
Também se encontra derivados de tomate sem adição de conservantes, iogurtes a base de frutas, pães com fermentação natural. Em seções de supermercados e empórios existem diversas opções, basta um olhar mais atento para achar um produto.
O preço ainda é mais alto, mas como antigamente a população buscará cada vez mais esses produtos, e com isso as indústrias investirão mais, aumentando oferta e variedade e consequentemente diminuindo os preços.
Agora que você sabe que existem alimentos naturais e alimentos industrializados, com certeza saberá avaliar melhor o sua alimentação. É como eu sempre digo: você pode comer de tudo, mas sem excesso. Se possível procure um (a) nutricionista para lhe ajudar nas escolhas e quantidades.
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