Osteoporose é a doença dos ossos caracterizada pela redução da densidade mineral óssea. Ou seja, há redução da força óssea e fragilidade, com maior risco de fraturas (ou de quebrar um osso).
Ao contrário do que podemos imaginar, ossos são órgãos vivos funcionantes, que vivem em constante processo de “formação óssea” (crescimento de novas células) e “reabsorção óssea” (que é como se fosse a “morte” de células antigas).
Quando ocorre aumento da reabsorção óssea, em detrimento da formação, vai ocorrendo redução da densidade óssea. A primeira alteração como consequência desse processo é a chamada osteopenia. Trata-se de uma pequena redução da densidade óssea que ainda não chega a caracterizar a osteoporose.
Com o passar do tempo, a osteopenia pode evoluir para o osteoporose propriamente dita, com redução mais significativa da densidade óssea e mais riscos para a saúde.
Homens e mulheres têm risco de desenvolver osteoporose com o avançar da idade, mas é muito mais comum nas mulheres, principalmente após a menopausa. Quanto maior a idade, maior o risco e, além da idade, outros fatores podem estar associados como:
Tipos de osteoporose
Existem três categorias principais distintas de osteoporose, cada uma com suas particularidades.
Osteoporose primária: Este é o tipo mais prevalente da condição, abrangendo mais de 95% dos diagnósticos em mulheres e aproximadamente 80% em homens. A osteoporose primária geralmente se manifesta devido a fatores relacionados à idade e pode ser referida como osteoporose senil. Quando a causa é desconhecida, é denominada osteoporose idiopática. A densidade óssea máxima é alcançada entre as idades de 25 e 30 anos. À medida que envelhecemos, a perda óssea começa a se acentuar gradualmente, levando a uma diminuição na taxa de produção óssea. As probabilidades de desenvolver osteoporose primária estão vinculadas à densidade óssea inicial. Portanto, manter uma alimentação saudável, rica em cálcio e vitamina D, além de exercícios físicos regulares, reduz os riscos de desenvolver a doença ao longo da vida.
Osteoporose secundária: Esta forma representa menos de 5% dos casos em mulheres e cerca de 20% em homens, manifestando sintomas semelhantes aos observados na osteoporose primária. No entanto, a osteoporose secundária surge como consequência de condições médicas específicas, como leucemia, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, hipogonadismo e má absorção intestinal. Pode afetar indivíduos desde muito jovens até mais idosos.
Osteoporose induzida por fármacos: Certos medicamentos podem desencadear perda óssea e aumentar a propensão a fraturas. Os corticoides são os principais medicamentos associados a essa condição. Outras classes de fármacos que podem provocar esse efeito incluem anticonvulsivantes, anticoagulantes e inibidores da aromatase.
A osteoporose é caracteristicamente uma doença silenciosa. Isso significa que ela pode estar presente por muito tempo sem a pessoa saber pois pode não manifestar sintomas. A redução da densidade do osso não causa dor, como muitas pessoas pensam e acham que não tem e não precisam fazer exames porque não sentem dor nos ossos.
Da mesma forma, algumas pessoas sentem dor no corpo e procuram avaliação médica para investigar osteoporose mas, na maioria dos casos, essa não é a causa da dor.
A dor propriamente dita tem como causas mais frequentemente outros tipos de doenças dos ossos e articulações. Temos como exemplos osteoartrose, artrite, inflamação nos tendões ou nervos e tudo isso deve ser investigado com avaliação médica especializada e realização de exames complementares.
A principal consequência da osteoporose é a fratura dos ossos, como das vértebras da coluna e do osso do quadril. Nesse caso pode causar muita dor, localizada nesses locais, com início após alguma queda ou algum acidente com trauma dos locais de risco. Dependendo da gravidade da osteoporose pode haver fratura espontânea, sem bater o corpo, tamanha a fragilidade que o osso pode ficar.
A osteoporose também pode levar a mudança da forma das vértebras da coluna, que se tornam menores como que se fossem encolhidas. Isso pode manifestar como mudança da forma da coluna com encurvamento e acentuação da lordose, o que é muito comum de visualizarmos em idosas.
Muitas pessoas tem a impressão que a altura diminuiu com a idade. E pode ser fato. É essa alteração da coluna que pode fazer a altura “diminuir” com o tempo.
Para o diagnóstico da osteoporose necessita-se da realização de um exame chamado densitometria óssea de coluna lombar e fêmur. É um exame de imagem feito em um aparelho especializado com a medida da densidade dos ossos e avaliação dos parâmetros chamados T-score e Z-score.
A redução desses parâmetros é avaliada pelo médico de acordo com cada paciente para definir o diagnóstico de:
Além dos números que aparecem no exame, é importantíssimo avaliar o chamado risco de fratura, pois vai determinar o melhor tratamento. O risco de fratura considera variáveis além do exame que muda de paciente para paciente e das suas particularidades.
Assim, dois exames parecidos, mas de dois pacientes em contextos diferentes podem apresentar risco de fratura diferente e, portanto, o tratamento será diferente. Por isso, é tão importante a avaliação médica dos problemas de saúde e não realizar tratamento por conta própria.
O risco de fratura é classificado em alto e muito alto, e é avaliado através de um algoritmo chamado FRAX Brasil. Ele é feito pelo médico juntando as informações clínicas em um site juntamente com os valores encontrados no exame de densitometria óssea.
A base do tratamento é uso de medicamentos que atuam no metabolismo ósseo, reduzindo o processo acelerado de “reabsorção óssea” e/ou aumentando a “formação óssea”, de forma que o “balanço” fique positivo, e o corpo como que começasse a produzir mais osso.
Para tanto, existem várias opções de medicamentos disponíveis, de uso oral ou injetável, de uso semanal ou mensal, semestral ou ainda até anual. O tratamento de escolha deve ser avaliado por um médico habilitado e discutido com o paciente para avaliar sua vontade e a melhora forma de adesão para bom uso do medicamento.
Além dos medicamentos específicos, existe ainda a necessidade de aumentar a ingestão de nutrientes importantes para o bom funcionamento ósseo como cálcio e vitamina D. O cálcio é um dos micronutrientes mais importantes para o osso e está presente em alimentos saudáveis. Por isso é importante aumentar o consumo de leite, queijos, iogurtes e vegetais como brócolis, couve, vagem e chuchu.
A vitamina D é um hormônio importante para o absorção de cálcio e fósforo no intestino e rins e é produzida principalmente pela pele com exposição ao sol. Para isso recomenda-se tomar sol todos os dias cerca de 15 minutos, nos horários mais seguros para produção natural de vitamina D evitando risco de doenças da pele.
Quando não há a ingestão adequada através da alimentação é necessário uso de suplementos de cálcio e vitamina D em medicamentos para que a resposta aos medicamentos específicos seja satisfatória.
Para prevenir a osteoporose, é necessário mudar alguns hábitos. Vamos entender melhor cada uma dessas ações através de algumas dicas:
O tratamento é muito importante para prevenção de fraturas, principalmente em idosos ou pessoas com a saúde mais fragilizada. As fraturas de ossos como o fêmur, com necessidade de internação ou cirurgia, são potencialmente graves com risco de complicações como trombose, embolia pulmonar, infecção hospitalar, e até mesmo risco de vida por piora dessas complicações.
Além de ser causa de muito comprometimento das atividades de vida diária em caso de fraturas menos graves, mas com dor, dificuldade de movimentação, risco de quedas, dependência de cuidadores, gasto com tratamento e outros transtornos. Por isso é muito recomendável a prevenção sempre que possível.
Pode-se prevenir a osteoporose estimulando as crianças deste muito novas a aprender a ter uma alimentação nutritiva, o que vai estimular a formação de um pico maior de massa óssea saudável. Da mesma forma, manter essa alimentação na idade adulta, associada à prática regular de atividade física, o que estimula o metabolismo ósseo a manter a massa óssea resistente.
E, ainda, procurar formas de ter um envelhecimento saudável, cuidando em manter uma vida ativa física e mentalmente, e acompanhamento médico de rotina para investigação e tratamentos precoces.
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