Remédios para emagrecer perfeitos são o sonho de muitas pessoas. A obesidade é uma doença crônica em que ocorre desiquilíbrio nos hormônios neurotransmissores que controlam o apetite e a saciedade. Isso favorece o acúmulo de energia por meio de gordura corporal.
Sua causa são fatores genéticos e ambientais, relacionados ao estilo de vida, ou seja, alimentação e prática de atividade física, junto com a genética favorável. Sua definição é o excesso de gordura corporal, medida pelo imc (índice de massa corpórea) acima de 30kg/m2.
O emagrecimento é a redução da gordura corporal, com consequente redução de peso e de imc como resultado. Para haver emagrecimento é fundamental que haja o estado chamado de Déficit calórico. Isso significa o estado em que o corpo ingere menos calorias através da alimentação do que o corpo gasta para suas necessidades básicas e para atividade física.
Por exemplo, uma mulher com 33 anos, peso de 62kg, altura de 153cm, sedentária, necessita de cerca de 1300kcal para as necessidades do seu organismo. Para ela emagrecer é necessário ingerir menos de 1300kcal por dia. Assim haverá um déficit calórico, o qual irá se transformar em consumo de calorias do corpo armazenadas na forma de gordura.
Os remédios para emagrecer ajudam no processo de emagrecimento através de auxílio do controle da fome e saciedade, sendo primordialmente facilitadores desse processo. O uso de remédio que reduz a vontade de comer facilita a realização de uma dieta com redução de calorias necessária para o déficit calórico e, consequentemente, para a perda de peso.
Não existem remédios que agem diretamente na gordura do corpo e a elimina de alguma forma, como pela urina ou pelas fezes, ou simplesmente como mágica. Para emagrecer sempre é necessário o esforço do corpo para gastar a gordura que está acumulada.
Remédios que agem no corpo como diuréticos, ou seja, que aumentam a filtração dos rins e aumentam o volume da urina produzida, não devem ser usados para emagrecimento. Eles são uma forma de ilusão de que está acontecendo perda de peso forçando o organismo a eliminar líquidos de forma artificial, desnecessária e temporária.
Eles dão a impressão de perda de peso por redução do número na balança, mas não representa na realidade redução de gordura do corpo. Além de não dar o resultado desejado, podem causar problemas de saúde e complicações por perda de água do corpo.
Da mesma forma, remédios que agem no corpo como laxantes, que são aqueles que estimulam os movimentos do intestino e causam diarreia, também não devem ser usados para emagrecimento. Eles dão a falsa impressão de redução da barriga e de melhor funcionamento do intestino.
Na verdade o correto é fazer isso fluir de forma saudável e naturalmente por meio da mudança alimentar com melhoria da qualidade da alimentação e da prática de atividade física regular que, consequentemente, o intestino irá ter um funcionamento melhor.
Os remédios para emagrecer liberados pela Anvisa nos dão a segurança de que passaram por testes clínicos e são seguros para uso na nossa população. Existem muitos remédios por aí que são propagados como seguros para tratamento da obesidade mas de fato não o são, pois não têm como comprovar isso.
Muitos são vendidos como “naturais” mas nem sequer é divulgada sua composição, sendo um grande risco a presença de substâncias proibidas e com risco à saúde. Além desses medicamentos citados, não tenha dúvidas de que não há mais outros liberados pela Anvisa. A Anvisa libera apenas os medicamentos produzidos pela indústria farmacêutica. Não existe medicamentos naturais para tratamento da obesidade.
De forma semelhante, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia não recomenda o uso de medicamentos manipulados com o objetivo de tratamento da obesidade. Os manipulados também não possuem garantia de estudos clínicos necessários quanto à sua real eficácia e segurança.
Além disso, as fórmulas manipuladas costumam conter uma associação de vários princípios ativos que geralmente é desnecessária e pode levar a efeitos colaterais muito mais intensos que efeitos benéficos. Há ainda outro problema que é a associação de princípios ativos que não têm evidência científica de efeito no tratamento da obesidade ou pior, que sabidamente podem fazer mal quando não usados para tratamento das doenças para as quais foram desenvolvidos.
Sim, os remédios para emagrecer citados acima têm efeito real para o qual foram estudados. O efeito de controle do apetite não é igual para todas as pessoas, mas varia de organismo para organismo. Uns respondem mais e outros menos, e isso é normal. Da mesma forma o efeito de diferentes medicamentos pode ser diferente na mesma pessoa, com melhor resposta a um que a outro.
Por isso, não existe um medicamento que seja melhor que os outros ou que seja o perfeito. Existe a necessidade de testar e avaliar a melhor possibilidade para cada um. O efeito dos medicamentos na perda de peso em si não depende unicamente do medicamento mas, na realidade, depende principalmente do déficit calórico que o planejamento alimentar e a prática de atividade física estão causando.
O déficit pode ser maior ou menor, e consequentemente, a perda de peso vai ser maior e mais rápida ou menor, independentemente do medicamento que está sendo usado ou mesmo sem uso algum de medicamento.
Os medicamentos liberados pela Anvisa para tratamento da obesidade no Brasil são:
A sibutramina é um dos medicamentos mais utilizados por ser comprimido, de custo acessível e boa eficácia. É possível haver efeitos colaterais com seu uso como agitação, boca seca, aceleração do coração, insônia e aumento da pressão. Porém, esses efeitos não são comuns e a maioria dos pacientes se sente bem com seu uso.
É uma associação de 2 medicamentos que agem no sistema nervoso central e ajudam no controle da fome e da saciedade através da ação em outros neurotransmissores diferentes da sibutramina. Usa-se muito em outros países com bons resultados, e no Brasil começou a ser comercializada recentemente pela indústria farmacológica.
O orlistate também é um medicamento muito utilizado por ser seguro e sem retenção de receita médica. Ele age nas enzimas do intestino, inibindo a absorção de parte da gordura ingerida através da alimentação, fazendo eliminação de gorduras não digeridas nas fezes. Assim, há perda de calorias nas fezes pela gordura eliminada, o que ajuda no déficit calórico e, portanto, na perda de peso.
Porém, não se engane pensando que pode comer alimentos gordurosos e tomar o medicamento, nesse caso causa muita diarreia e pode causar incontinência fecal. Ele pode ser usado e vai ajudar se fizer dieta enquanto está fazendo uso do remédio.
A liraglutida ficou muito famosa porque foi a primeira “caneta” com autorização de uso para emagrecimento. Sua forma de uso é na forma subcutânea, ou seja, na gordura que fica logo abaixo da pele através de uma injeção com uma pequena agulha.
Ela age no organismo estimulando o GLP-1, que significa peptídeo semelhante ao glucagon 1, uma substância que controla fortemente o estômago, fica mais “lento” e controla também o apetite. A liraglutida primeiramente foi liberada para tratamento do diabetes e, posteriormente, os estudos mostraram grande efeito na redução de peso, quando foi estudada também para obesidade com sucesso.
A semaglutida é outro princípio ativo da mesma família da liraglutida. Tem a mesma forma de ação e mesmos efeitos, porém, os estudos mostraram maior potencial ainda na perda de peso. Por isso, atualmente é a queridinha dos pacientes que desejam auxílio medicamentoso para perda de peso. Semelhante ao anterior, tem boa eficácia no auxílio da perda de peso e poucos riscos.
Infelizmente vem sendo feito uso por muitas pessoas sem orientação médica e isso é muito perigoso pois existem contraindicações e riscos do uso de forma incorreta, sem orientação especializada e sem acompanhamento profissional.
É necessário entender que o uso de qualquer medicação sem as condições necessárias para a perda de gordura corporal de forma real e saudável não vai levar ao resultado de forma definitiva que pode ser mantido com saúde e uma vida normal. A busca por aparentes resultados imediatos é pura ilusão, muita enganação e sabotagem para si mesmo.
Portanto, se você gostaria de saber mais e fazer uso de medicamento para ajudar a emagrecer procure primeiramente um médico capacitado para tratamento da obesidade como o endocrinologista. Faça a avaliação clínica, os exames necessários para investigação do seu estado de saúde e da gordura corporal. E juntos poderão definir o melhor plano terapêutico para você ter seu sonhado processo de emagrecimento de forma saudável e duradoura.
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