O novo remédio para obesidade é uma grande resposta para muitas pessoas que desejam e precisam emagrecer. Sabia que o mais novo medicamento disponível para tratamento da obesidade no mundo foi aprovado pelo FDA? (Food and Drog Administration, agência dos Estados Unidos que faz controle dos medicamentos).
Esse novo medicamento é indicado para tratamento clínico de pessoas com obesidade e comorbidades associadas ao peso. Foi liberado nos Estados Unidos e ainda não há liberação no Brasil pela Anvisa.
No estudo para liberação do novo remédio para obesidade participaram 2539 pessoas que o usaram por 72 semanas. Os resultados foram muito animadores e mostraram perda de peso de até 21% no caso do uso das dosagens mais altas.
O novo remédio para obesidade tem como princípio ativo a tirzepatida.
A tirzepatida é um medicamento relativamente novo, já aprovado para tratamento do diabetes tipo 2. Agora também foi aprovado nos Estados Unidos para tratamento da obesidade, após a realização de todos os estudos necessários. Vamos descobrir como ela funciona?
A tirzepatida tem como mecanismo de ação ser um análogo do GLP-1 e do GIP. Isso significa que o medicamento é similar a esses hormônios naturais do nosso organismo e promovem seu efeito benéfico de forma potencializada.
No tratamento da obesidade, o GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon tipo 1) e o GIP (peptídeo gastrointestinal) agem no sistema nervoso no centro da saciedade, reduzindo a fome, e no estômago e intestino, reduzindo seus movimentos para promover mais saciedade.
Esse medicamento vem em forma de caneta injetável de uso subcutâneo semanal. Assim, deve ser aplicado na gordurinha embaixo da pele 1 vez por semana. A forma de uso subcutânea é semelhante ao uso da insulina.
Ele vem em uma caneta de aplicação própria, pronta para uso, e a aplicação é feita em casa mesmo, pela própria pessoa que está em uso. Deve-se começar com a menor dose, 2,5mg e a dose é titulada a cada mês.
Então, no segundo mês muda-se a dose para 5mg, no terceiro para 7,5mg. Depois 10mg, 12,5mg e finalmente 15mg.
Infelizmente não é um medicamento de fácil acesso para todos. Quanto ao custo do tratamento, estima-se que o gasto mensal é cerca de R$5.000,00. Como a obesidade é uma doença crônica, o seu tratamento deve ser contínuo, por isso o uso do medicamento pode ficar bem caro.
A medicação se mostrou muito segura nos estudos até então realizados. Os maiores riscos são associados ao uso incorreto ou sem indicação. Por isso, é importante a avaliação com um médico especialista para receber as orientações adequadas para não correr riscos maiores.
Existem poucas situações que contraindicam o uso da medicação, como histórico pessoal de câncer medular da tireoide (um subtipo muito raro) e alguns tipos de pancreatite aguda.
Os efeitos adversos geralmente são leves e não são graves. Pode haver enjoos, vômitos e diarreia. Quando ocorrem são mais comuns no início do tratamento e nos dias próximos à mudança da dose, e tendem a melhorar com o passar do tempo.
Pode ser necessário fazer uso de medicamentos para aliviar os efeitos colaterais como medicamentos para enjoos e vômitos, e probióticos para o intestino. Pode ser necessário manter dose mais baixa para evitar o surgimento de mais efeitos adversos em quem sentir mais.
Esse novo remédio para obesidade representa para a comunidade científica um grande avanço no tratamento da obesidade e a certeza de que a obesidade é uma doença desafiadora que precisa de mais possibilidades terapêuticas seguras que realmente levam a resultados satisfatórios.
O uso da tirzepatida se for possível vale a pena com certeza, pois se trata de um medicamento seguro e com eficácia comprovada. A avaliação médica é imprescindível para o selecionar o perfil de pacientes adequados e prescrever a orientação quando à forma de uso, além de realizar o acompanhamento clínico.
A base do tratamento da obesidade continua sendo a mudança de hábitos de vida como planejamento alimentar e prática de atividade física. O novo remédio para obesidade vem somar e ser um facilitador do processo que continua o mesmo.
Portanto, é importante ter consciência de que o uso do medicamento sem a mudança de hábitos de vida não será saudável e nem sustentável a longo prazo. Sempre deve haver a junção desse tripé: dieta, atividade física e medicamento. Atualmente é inegável o quanto o medicamento tem potencial para ajudar.
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