Alimentação com pouco carboidrato

Uma alimentação com pouco carboidrato faz parte de uma dieta cetogência ou low carb por exemplo. Mas como fazer uma alimentação com pouco carboidrato se ele esta presente na grande maioria dos alimentos no mundo?

Os alimentos com fontes de carboidratos como arroz, feijão, trigo, batata, mandioca, soja, leite, grão de bico, milho e açúcar constituem a base ae alimentação no mundo. São os alimentos mais abundantes, fáceis de produzir e permitem um armazenamento por um período de tempo maior sem se deteriorar.

Parece difícil ter uma alimentação com pouco carboidrato diante desse cenário. E além disso, poder incluir legumes como a cenoura, abóbora, chuchu, lentilha, ervilha e frutas como banana, manga, maçã, uva, kiwi e abacaxi e muitos outros itens que também possuem carboidratos.

Cenouras e batatas possuem carboidrato.
Cenoura e batata podem ser armazenados por mais tempo.

Importância dos carboidratos

Os carboidratos constituem uma fonte de energia primária, ou seja, eles são convertidos em glicose para serem usados, ou são armazenados em forma de glicogênio. Na forma de glicose estão presente no sangue, e na forma de glicogênio são acumulado nos músculos e fígado.

Portanto, é importante o consumo de carboidratos, pois você precisa de energia o tempo todo, seja para trabalhar, exercitar-se, brincar e até dormindo. O armazenamento de energia é fundamental, pois ela será útil em atividades muito intensas, quando a presença de glicose no sangue estiver baixa.

A glicose baixa no sangue pode dar calafrios, fraqueza, tontura, dores de cabeça, cansaço, náuseas e fome. E reservas de glicogênio baixas pode levar o corpo a consumir o músculo para poder produzir energia fazendo-o diminuir de tamanho, prejudicando muitas outras estruturas do corpo.

Uma alimentação com pouco carboidrato pode deixar uma pessoa com fraqueza.
Falta de carboidrato como fonte de energia primária pode causar fraqueza.

Carboidrato em excesso também gera problemas

Mas se a falta de carboidrato é ruim para o organismo, o excesso também prejudica. Os problemas causados pelo excesso são risco de surgimento de pré-diabetes, diabetes, aterosclerose, pressão alta e triglicérides alto. Pode causar também retenção de liquido causando inchaço, além de aumento da fome.

Todas essas doenças são silenciosas e podem manifestar algum sintoma quando a situação já está grave. Por isso, é muito importante consultar um médico regularmente, pois só com auxílio de exames pode-se detectar alguma alteração no organismo.

Carboidratos refinados

Carboidratos são açucares, ou seja, todo alimento que tem carboidrato significa que ele contém açúcar. Quando se consome o alimento da forma mais natural possível ele tem o carboidrato puro e em sua composição pode ter proteína e fibras, como é o caso do arroz integral que contem fibras.

O carboidrato refinado é o carboidrato que passou por um processo de purificação e extraiu-se dele quase toda proteína e fibra, tornando-o um alimento mais pobre em nutrientes. A farinha de trigo e o arroz branco são exemplos de carboidratos refinados. O ideal seria consumir os produtos integrais, pois eles possuem mais proteínas e fibras.

Ter uma alimentação com pouco carboidrato não precisa necessariamente retirar os alimentos que possuem mais carboidratos em sua composição e comer somente os que possuem menos. É necessário fazer uma readequação alimentar para ajustar a quantidade de carboidrato de acordo com seu estilo de vida.

Como consumir pouco carboidrato?

Antigamente avaliava-se um jovem pelo tanto que ele comia, se ele ingerisse muito arroz, feijão, mandioca e carne então ele teria forças para trabalhar o dia todo na lavoura para capinar ou roçar debaixo do sol por exemplo. E realmente eram serviços que demandavam grande esforço físico, exigindo assim uma alimentação robusta em carboidrato, pois o consumo de energia era altíssimo.

Hoje se você trabalhar sentado, no ar condicionado usando apenas o computador não terá um grande gasto de energia, e se consumir muito carboidrato então a tendência é aumentar a glicose no sangue e o glicogênio armazenando no corpo. Por isso o certo é consumir carboidrato de acordo com sua necessidade.

Uma pessoa que trabalha sentada em frente ao computador precisa ter uma alimentação com pouco carboidrato.
Trabalhar em frente o computador sentado exige pouco gasto calórico.

Para definir a sua necessidade é importante consultar um médico e fazer exames de sangue, avaliar o peso e o IMC (índice de massa corporal). Se um desses fatores estiver alterado para sua idade então poderá dizer se você consome muito ou pouco carboidrato. Se a glicemia estiver alta, por exemplo, e seu IMC estiver acima do normal então está consumindo em excesso, porém se a glicemia estiver baixa então o consumo de carboidrato está baixo.

É muito importante achar um equilíbrio para não deixar faltar para o corpo ou colocar muito no corpo. Após o médico passar os resultados você deve procurar um nutricionista se possível para te ajudar numa dieta equilibrada ou seguir as orientações do próprio médico. Mas o que não pode é continuar como está, pois no início deste artigo mostrei os perigos da falta e do excesso de carboidrato.

Não taxar o carboidrato como vilão

O carboidrato não é o vilão se sua saúde apresentar algum problema em decorrência do excesso dele. Muitas pessoas querem fazer dieta para perder peso ou controlar o diabetes, por exemplo, e retiram o carboidrato da alimentação sem ajuda de um profissional. E o que pode ser uma tentativa de ajudar pode piorar.

E além do mais se você quiser retirar o carboidrato da sua dieta alimentar vai ter uma opção muito restrita de alimentos, e com certeza terá mais gastos também. Deixará de consumir pizza, sanduiche, macarrão, bolo de aniversário, sorvete, salgadinhos, leite, arroz, feijão, doces, frutas e muitos legumes.

O carboidrato não é vilão, ele é um importante nutriente para o corpo e para o mundo. Afinal seria impensável alimentar todas as pessoas do mundo se ninguém mais quiser comer os alimentos citados lá no segundo parágrafo desse artigo. Não existiriam outros alimentos para substituir em volume grande e praticidade de cultivo e armazenamento.

Se hoje em muitos lugares falta o básico da alimentação, esse cenário aumentaria drasticamente se não houvesse mais produção de trigo, soja, arroz e feijão.

O arroz é amplamente cultivado e pode ser incluído em uma alimentação com pouco carboidrato.
O arroz é cultivado em muitas partes do mundo

Equilíbrio para ter alimentação com pouco carboidrato

O ideal na alimentação é incluir além do carboidrato, a proteína, fibra, gordura e verdura. Dessa maneira terá todos ou quase todos os nutrientes necessários para o corpo.

Não é necessário comer muito, até ter a sensação que não cabe mais nada, coma devagar e mastigue bem. O cérebro leva de 15 a 20 minutos pra entender que tem alimento no estômago.

Portanto, para ter uma alimentação com baixo carboidrato, não precisa retira-lo da alimentação, tenha equilíbrio e variedade. E sempre coma de acordo com a sua necessidade, nem mais e nem menos.

Deixe um comentário

plugins premium WordPress