Bem-vindos ao universo das proteínas, as macromoléculas fundamentais que sustentam nosso corpo e nossa saúde.
Desde os tempos mais remotos, elas têm sido reconhecidas como nutrientes super importantes para a vida humana, influenciando desde a nossa genética até a resistência muscular.
Neste artigo, mergulharemos no fascinante mundo das proteínas, explorando suas estruturas, várias funções e a importância que desempenham em nossa alimentação e bem-estar.
Adentrando esse micromundo biológico, desvendaremos sua arquitetura, com suas estruturas primária, secundária, terciária e quartenária.
Essas macromoléculas se entrelaçam de maneiras diferentes, dando origem a uma vasta gama de funções biológicas que sustentam nossa vida diária, desde o suporte aos tecidos até o transporte de nutrientes em nosso organismo.
Ao explorar os diversos tipos de proteínas, desde as que proporcionam estrutura aos nossos ossos até aquelas que regulam nossos processos metabólicos, conheceremos um mundo fascinante que nos permite entender a engenharia molecular por trás da vida que vivemos.
As proteínas são formadas a partir de 20 tipos de aminoácidos diferentes, e esses 20 aminoácidos ligam entre si de diversas maneiras, criando varias estruturas diferentes.
Uma dieta equilibrada em alimentos ricos em proteínas como carne, ovo, leite, legumes e cereais já é o suficiente para garantir o necessário para o corpo, como reconstrução das células musculares e dos ossos.
O indicado de ingestão é 1 grama de proteína por cada kilo de peso corporal. Mas se o foco for ganho de massa muscular, esse valor pode dobrar. Ou se existir uma doença nos rins por exemplo, o valor de 1 grama de proteína pode ser muito.
O ideal é consultar um médico para uma avaliação da sua necessidade de proteínas diária. Aumentar por conta própria sem um diagnóstico pode causar cálculos renais por exemplo.
Quais são as Estruturas das Proteínas.
As proteínas classificam-se em 4 estruturas diferentes: proteína primária, secundária, terciária e quartenária. Essas divisões se baseiam pela estrutura das ligações entre elas. Sendo que a primária possui ligações mais simples e a quartenária possui ligações mais complexas.
A estrutura primária por exemplo possui ligações em forma linear, ou seja, são ligações em uma linha única. A proteína secundaria é a união de duas primárias, deixando de ser assim uma estrutura linear.
Cada estrutura definira a função da proteína, e todas elas são geradas a partir da proteína primária.
Um exemplo de proteína primária é a insulina, responsável para metabolização da glicose. A queratina é um tipo de proteína secundária. Já a mioglobina é um exemplo de proteína terciária e a hemoglobina e um tipo de proteína quartenária.
Quais são as Proteínas?
Para entender quais são as proteínas é preciso saber que elas são formadas a partir de 20 aminoácidos diferentes. A combinação desses aminoácidos resulta em milhares de tipos diferentes de proteínas. É, portanto, mais fácil classifica-las quanto à sua função.
Por exemplo, proteínas que tem como função a insulina, a hemoglobina, o colágeno, as enzimas digestivas, os anticorpos, as actinas e miosinas.
Existem vários tipos de hemoglobina: hemoglobina A, hemoglobina A2, hemoglobina fetal, hemoglobina S são apenas alguns exemplos.
Existem também outros muitos tipos de insulina, as de ação rápida como a insulina lispro, asparte e glulisina. Há também a insulina regular que tem ação normal no corpo, essa insulina age mais lentamente que as de ação rápida. Existe também as insulinas de ação intermediaria e prolongada.
Os colágenos podem ser do tipo I, tipo II, tipo IIII, IV e entre outros.
Os músculos são formados pelas proteínas miosina, actina, troponina, tropomiosina, titina, nebulina, desmina e varias outras.
Dar nome a todas as proteínas é possível, mas ficaria uma lista extensa, pois como dito anteriormente os 20 aminoácidos podem se juntar de varias formas e cada uma delas gerar uma proteína diferente.
Quais são os 5 Tipos de Proteínas?
As proteínas recebem a classificação em cinco tipos principais, com base em sua estrutura e função.
Estruturais:
Essas proteínas fornecem suporte e estrutura aos tecidos e células do organismo. Elas são essenciais para dar integridade e a forma dos tecidos.
Exemplos incluem colágeno, queratina (encontrada em cabelos e unhas) e actina (uma proteína contrátil presente nos músculos).
Os colágenos estão presentes em varias outras partes de corpo, como na pele, proporcionando firmeza e elasticidade. Ele ajuda a manter a pele saudável, suave e com uma aparência jovial. Com o tempo a pela fica com rugas, aparência flácida e com perda de elasticidade pois a produção de colágeno diminui com o processo de envelhecimento.
O colágeno está presente também nos tecidos conjuntivos como tendões, ligamentos e cartilagem. Eles fornecem resistência, flexibilidade e proteção. Estão presentes também nos ossos e dentes, dando resistência e estrutura, e pode ser encontrado também na matriz óssea, ou seja, na parte mole no interior do osso.
Encontra-se o colágeno também nos vasos sanguíneos, córnea do olho. Estão presentes também nos tecidos musculares, ajudando a conectar músculos e ossos. Além disso, o colágeno está presente nas paredes dos vasos sanguíneos, fornecendo suporte estrutural e ajudando a manter a integridade vascular.
Nos músculos existem diversos tipos de proteínas, como a miosina e actina, atuando na contração muscular, crescimento e construção.
Enzimáticas:
As enzimas são proteínas que atuam como catalisadores biológicos, acelerando reações químicas específicas no corpo. Sendo elas muito importantes para os processos metabólicos e bioquímicos.
Exemplos de proteínas incluem a amilase, que atua na quebra do amido, lipase que age para quebrar lipídios e DNA polimerase (envolvida na replicação do DNA).
Um exemplo de reação química é a glicólise, um processo bioquímico que ocorre no citoplasma das células. No processo de respiração, a glicólise é quebrada pela proteína amilase para liberar energia utilizável na forma de adenosina trifosfato (ATP).
Transporte:
Essas proteínas transportam moléculas importantes, como oxigênio, nutrientes e hormônios, pelo corpo. Elas são responsáveis para a circulação e distribuição adequada de substâncias vitais ou nocivas. Podemos citar a hemoglobina, albumina e transferrina.
A hemoglobina é responsável por transportar oxigênio e gás carbônico no sangue, e além disso contribui como o equilíbrio do pH sanguíneo.
A albumina tem a função de transportar hormônios, íons e ácidos graxos pelo sangue. Outra função da albumina é transportar medicamentos através da corrente sanguínea bem como o transporte de toxinas. Elas atuam também como reservas de aminoácidos.
A proteína transferrina é responsável por transportar ferro no sangue.
Reguladoras:
As proteínas reguladoras controlam e coordenam processos biológicos. Elas desempenham funções importantes na regulação da expressão gênica e sinalização celular por exemplo. Como exemplo de proteínas reguladores temos o fator nuclear kappa B e a proteína G.
A expressão gênica é a etapa pela qual a informação presente em um gene é transformada em uma molécula funcional, geralmente uma proteína, ou em um RNA funcional, como o RNA mensageiro o RNA ribossômico e o RNA transportador. Esse processo garante o funcionamento normal das células e serve para determinar as características dos organismos.
Sinalização celular é a etapa na qual as células comunicam entre si para coordenar atividades, responder a estímulos ambientais e regulamentar funções celulares essenciais. Um exemplo é a sinalização endocrínica, responsáveis por liberar hormônios do sistema endócrino na corrente sanguínea.
Defesa:
São proteínas que participam do processo de defesa do corpo contra vírus, bactérias e outros patógenos. Fazem parte por exemplo as imunoglobulinas (anticorpos) e lisozima. A lisozima está presente em diversas secreções, como lágrimas, saliva e secreções nasais, e auxilia na defesa contra infecções.
É importante ter em mente que cada uma dessas funções são compostas por varias proteínas diferentes. E c ada uma delas desempenha um papel especifico dentro do corpo.
Quais Alimentos Contêm Proteínas?
Os alimentos de origem animal e origem vegetal possuem proteínas em sua composição. Os de origem animal possuem todos os 20 aminoácidos, e os de origem vegetal podem não conter todos os 20 aminoácidos, mas são igualmente importantes para o organismo.
Origem Animal:
- Carne de frango, peixe, carne bovina e carne suína
- Ovos
- Leite e produtos lácteos com queijo e iogurte
- Peixe e frutos do mar
Origem Vegetal:
- Leguminosas como feijões, lentilhas e grão-de-bico
- Produtos à base de soja
- Quinoa
- Sementes de chia
- Amêndoas e outras nozes
- Grãos integrais como arroz integral, aveia, cevada
Quais são os Alimentos Naturais mais Ricos em Proteínas?
Clara de Ovo: A clara de ovo é uma fonte de proteína de alta qualidade, sendo uma referência de proteína completa que possui uma alta digestibilidade.
Peito de Frango e Peito de Peru: Carnes magras, como peito de frango e peito de peru, são ricas em proteínas e são indicadas por pessoas que procuram uma ótima fonte de proteína magra.
Pescados como atum, salmão, bacalhau: Esses peixes são ricos em proteínas e também fornecem ácidos graxos ômega-3 saudáveis para o coração.
Carne Bovina Magra: A carne bovina magra, como o filé mignon e o patinho, é uma boa fonte de proteínas de alta qualidade.
Queijo Cottage: O queijo cottage é uma fonte rica em proteínas de digestão lenta.
Grãos e Leguminosas: Lentilhas, feijões e grão-de-bico são excelentes fontes de proteínas para vegetarianos e veganos. Se combinados com cereais integrais, podem fornecer uma opção completa de aminoácidos essenciais.
Spirulina: A spirulina é uma alga azul-verde, sendo uma das fontes mais ricas de proteínas. Ela contém cerca de 60-70% de proteínas em peso seco.
Alimento Industrializados Ricos em Proteínas
Além dos alimentos naturais existem os alimentos industrializados, que tem uma alta concentração de proteínas.
Barras de Proteína: Barras de proteína são lanches convenientes e compactos que geralmente contêm uma boa quantidade de proteínas. Elas podem ser feitas de diferentes fontes de proteínas, como whey protein, caseína, soja ou outras proteínas vegetais.
Suplementos de Proteína em Pó: Whey protein, proteína de soja e proteína de ervilha são exemplos de suplementos de proteína em pó. Esses suplementos são altamente concentrados em proteínas e podem ser adicionados a smoothies, shakes, iogurtes ou alimentos para aumentar a ingestão de proteínas.
Iogurte Grego: O iogurte grego é um produto lácteo que passa por um processo de filtragem para remover o excesso de líquido, resultando em um iogurte mais espesso e rico em proteínas. Seu consumo pode ser sozinho ou com frutas e outros alimentos.
Leite com Alto Teor de Proteína: Algumas variedades de leite, como o leite enriquecido com proteínas, podem ter um teor mais elevado desse nutriente em comparação com o leite comum.
Sopas e Caldos com Alto Teor de Proteína: Existem sopas prontas industrializadas que tem uma formulação rica em proteínas. Elas geralmente contêm carne, legumes e/ou vegetais.
Bolos e Biscoitos com Adição de Proteína: Alguns produtos de panificação, como bolos, biscoitos e muffins, são formulados com adição de proteínas em pó para aumentar o conteúdo proteico.
Hambúrgueres Vegetais: Hambúrgueres vegetais feitos de proteínas vegetais, como soja, ervilha ou quinoa, são opções populares para vegetarianos e veganos que desejam aumentar a ingestão de proteínas.
Problemas Causados Pela Falta de Proteínas
Uma dieta fraca em proteínas pode desenvolver vários problemas e complicar situações de doenças já existentes. Em situações graves a deficiência pode causar problemas de pele, cabelos, unhas, perda de massa muscular e massa óssea, enfraquecimento da cartilagem, desregulação hormonal e biológica.
Algumas doenças, como a miopatia mitocondrial necessitam de consumo de proteína para controlar os seus efeitos sobre a perda de massa muscular.
Meu sogro por exemplo, teve o diagnóstico de uma rara condição genética que altera as mitocôndrias. Ele estava enfrentando uma perda progressiva de massa muscular. Como tratamento a médica geneticista encaminhou para uma nutricionista elaborar uma dieta balanceada em ingestão de proteínas.
No caso dele é uma doença que não tem cura, e para compensar a perda de massa muscular foi necessário consumir mais proteínas e vitaminas juntamente com seções de fisioterapia. O resultado do tratamento foi muito bom, houve um aumento da força muscular.
A deficiência de proteína pode aumentar também as chances de acometimento de doenças infecciosas, como gripe. Os anticorpos são proteínas, então para mantê-los saudáveis é necessário o consumo desse nutriente.
Problemas de saciedade na alimentação e aumento de peso podem ocorrer, pois para compensar a falta de proteína o corpo aumenta a fome. Esse aumento de fome pode fazer uma pessoa comer alimentos ricos em carboidratos e gorduras e deficientes em proteínas, trazendo também o risco de obesidade.
De um modo geral uma alimentação ineficiente em proteínas compromete a parte estrutural, hormonal, reguladora, biológica e de defesas do corpo. Se você perceber que sua ingestão de proteínas esta baixa, procure um médico ou nutricionista para uma avaliação.
Proteínas: Macromoléculas para uma Vida Saudável e Equilibrada
As proteínas são nutrientes vitais e multifuncionais no organismo humano, e desempenham um papel importante em diversos processos biológicos. Suas estruturas, formada pela combinação de 20 tipos de aminoácidos, resulta em uma ampla gama de proteínas, cada uma com funções específicas e essenciais para o funcionamento adequado do corpo.
As proteínas classificam-se em cinco tipos principais: estruturais, enzimáticas, de transporte, reguladoras e de defesa. É claro que a ingestão adequada através da alimentação é necessária para manter a saúde e o equilíbrio do corpo.
Existem as fontes naturais e industrializadas de proteínas, sendo importante uma dieta balanceada que inclua proteínas de origem animal e vegetal. Alimentos como carne, ovos, leguminosas, peixe, produtos à base de soja e grãos integrais são fontes ricas em proteínas.
A falta de proteínas na dieta pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo perda de massa muscular, enfraquecimento da cartilagem, desregulação hormonal e comprometimento do sistema imunológico.
Portanto, é bom que as pessoas estejam cientes da importância das proteínas em suas dietas e busquem orientação profissional para garantir uma ingestão adequada, de acordo com as necessidades individuais. Se houver casos de condições médicas específicas, é mais importante ainda o acompanhamento de um profissional.
Agora que você conhece um pouco mais sobre esse nutriente, é possível promover um estilo de vida saudável e manter o corpo funcionando de forma otimizada.